Origem da uva Riesling

Os primeiros registros do cultivo da uva Riesling são do século XV, na Alemanha, e o mais famoso deles é de que a primeira uva foi produzida em um armazém, no ano de 1435, com o nome de Rießlingen.

Com essa mesma denominação, ela aparece em muitos documentos da época, e somente em 1552 que apareceu a primeira citação com o nome Riesling, como é chamada até hoje.

Alguns estudiosos dizem que a uva também era cultivada pelos romanos, nos vales do Mosel e Reno.

Um fato muito curioso sobre os vinhos produzidos com a Riesling, é que, por muito tempo, eles foram menosprezados.

Isso porque os alemães produziam vinhos de baixa qualidade e muito doces, o que fez com que a casta ficasse com uma fama negativa.

Porém, dias melhores chegaram e hoje a uva é considerada uma das melhores para a produção de vinhos brancos de alta qualidade.

Um bom exemplo é esse vinho produzido na região da Alsácia, leste da França, que fica próxima à divisa com a Alemanha.


Regiões produtoras da casta

A uva Riesling tem a vantagem de se adaptar bem a diversos terroirs, e por isso já é produzida em regiões espalhadas ao redor do mundo.

Mas ainda é na Alemanha que está concentrada a sua maior produção, com uma boa variedade de estilos, dos mais jovens aos mais longevos.

E a região da Alsácia, é a segunda maior produtora de vinhos Riesling no mundo, onde também estão alguns dos rótulos mais famosos.

Canadá, Áustria, Austrália e outras regiões da França também são famosas pela produção de vinhos Riesling.

Atualmente, os vinhos produzidos na Áustria já são grandes concorrentes dos franceses e alemães.

Já na Austrália, região com temperatura mais alta, a uva Riesling também se destaca com as suas características próprias, enquanto no Canadá, onde é mais frio, é produzido o Ice Wine, que é o vinho mais doce, produzido com a uva congelada.


Principais características

A uva Riesling é branca, com cachos médios e bagos pequenos, e com coloração verde-amarelado.

Como o seu processo de maturação é mais longo, ela pode vir a sofrer com períodos extensos de chuva.

É uma uva de acidez bem marcante, o que proporciona longevidade aos vinhos, o que diferencia ela da maioria das outras uvas que produzem vinhos brancos.

Em geral, os vinhos dessa casta são muito aromáticos, e por esse motivo eles ganham ainda mais destaque entre os apreciadores da bebida.

Os vinhos jovens são mais claros, levemente esverdeados, enquanto os mais maduros ganham tonalidades mais douradas.

No sabor, as notas de frutas cítricas prevalecem, mas aromas minerais, como grafite, petróleo e pedra de isqueiro também podem ser identificados.

Esses vinhos envelhecem bem na garrafa, e não são indicados para barricas de carvalho para não perderem os seus aromas característicos.

Atualmente, encontramos excelentes exemplares de vinhos secos, semi-secos, suaves e até mesmo de sobremesa elaborados a partir da uva Riesling, seja em varietais ou até mesmo em blends com outras variedades.

Dicas de harmonização

Quem é amante de um bom vinho sabe que, mais legal do que escolher uma boa bebida, é saber fazer uma harmonização perfeita.

Os vinhos Riesling são bem versáteis nesse quesito.

Para servir, o ideal é que ele esteja em uma temperatura de 6º a 8º.

Ele combina bem com comidas bem apimentadas e condimentadas, como as indianas e asiáticas, e também com frutos do mar.

Se você prefere as carnes brancas e saladas, também é uma ótima pedida.

Já as versões mais doces, como as de sobremesa, acompanham bem um queijo mais forte.